segunda-feira

Remédios genéricos custam até 3 vezes menos

Eles representam 40% das vendas em farmácias, diz associação.



A diferença de um medicamento de referência para um genérico pode ser de até três vezes em farmácias do município. Em levantamento realizado pelo Jornal de Limeira, no mesmo estabelecimento, é possível encontrar, por exemplo, a Novalgina em gotas (analgésico e antitérmico) por R$ 16, e o genérico por R$ 5. Em outra farmácia, o Voltaren em comprimidos (anti-inflamatório e antirreumático) é vendido por R$ 26,50 e o seu genérico, por R$ 9. O Cataflan em comprimidos, também anti-inflamatório, pode ser encontrado por R$ 26,25, já em outro estabelecimento, o genérico sai por R$ 8.

Em outros casos, a diferença dos remédios de referência chega a 50%. O Tylenol em gotas, utilizado como analgésico e antitérmico, pode ser adquirido em uma farmácia por R$ 14,15, e o seu genérico, pode ser encontrado por R$ 6,50. A pesquisa, que levou em consideração sete medicamentos diferentes, foi realizada em cinco farmácias de Limeira e levou em consideração várias marcas de genéricos.

Segundo o presidente da AFAL (Associação de Farmácias e Drogarias de Limeira), João Francisco Maciel, o medicamento genérico precisa ser vendido, no mínimo, 30% mais barato quando comparado ao remédio de referência. Ainda de acordo com o presidente, os remédios de referência precisam passar por pesquisas e testes antes de serem lançados no mercado. "O genérico é uma cópia do medicamento de referência, mas só pode entrar no mercado após 10 anos da patente do remédio de referência para cobrir os custos de pesquisa e testes feitos", explica Maciel. Depois desse período de 10 anos no mercado, é liberada a fórmula para o genérico, que ainda precisa passar pelo teste de bioequivalência que comprova que ele tem a mesma eficácia e fórmula do produto de referência.

Conforme Maciel, a venda de genéricos corresponde de 35% a 40% de todos os medicamentos comercializados em Limeira. "E a previsão é que suba mais 28% nos próximos cinco anos porque outros medicamentos de referência vão perder a patente nesse período", fala.

Segundo a AFAL, os genéricos mais vendidos no município são os anti-inflamatórios, analgésicos, xaropes e antibióticos, uma vez que esses são os remédios mais receitados pelos médicos.

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